15 de outubro de 2019

Operação prende farmacêutico por venda ilegal de medicamentos no DF

A Polícia Civil do Distrito Federal realizou, na última sexta-feira (11), a Operação Alquimia com o cumprimento de cinco mandados de prisão temporária e oito mandados de busca e apreensão em desfavor de um grupo de indivíduos suspeitos de praticarem um esquema de tráfico de drogas e comércio ilegal de medicamentos, utilizando-se para isso de uma farmácia localizada no Recanto das Emas.

Segundo apurado, o líder do grupo é um farmacêutico que foi sócio de uma empresa de distribuição de medicamentos até julho do ano de 2017, quando deixou a sociedade. Já fora da empresa, no ano de 2018, o suspeito teria realizado três compras das substâncias benzocaína, cafeína anidra e lidocaína junto a uma empresa de fornecimento de produtos químicos, passando-se por sócio da distribuidora, apesar de não fazer mais parte do quadro societário. As substâncias adquiridas fraudulentamente por ele são controladas pela Polícia Federal por serem comumente utilizadas na preparação de cocaína, segundo informações do Instituto de Criminalística da PCDF.

A compra teria sido de cerca de seis quilos das substâncias, quantidade muito superior ao que é utilizado pela maior farmácia de manipulação do Distrito Federal, a qual só utilizava 200g desses produtos no período de um ano. As compras sempre foram realizadas na quantidade exata de dois quilos, que seria o limite máximo desses insumos para não gerar notificação junto a Polícia Federal.

Apesar de não ter mais acesso à sede da distribuidora de medicamentos, o investigado aliciou o motorista da transportadora que entregava os produtos daquela empresa, que interceptava as encomendas antes da entrega ao destinatário final.

Para dar continuidade à atividade criminosa o principal investigado adquiriu outra farmácia, localizada no Recanto das Emas. Com o aprofundamento das investigações emergiram suspeitas sobre mais três indivíduos ligados ao primeiro investigado que estavam envolvidos com tráfico de drogas psicotrópicas, principalmente o Rohypnol, medicamentos abortivos e anabolizantes. A suspeita é que esses indivíduos atuavam na venda da cocaína “batizada” com os produtos químicos já citados e na revenda ilegal dos medicamentos sujeitos a controle especial fornecido pelo proprietário da farmácia.

A matéria acima, publicada pelo portal PFarma, relata mais um episódio de falsificação de medicamentos no Brasil. Vale ressaltar que no país a ANVISA está em fase de implementação do SNCM (Sistema Nacional de Controle de Medicamentos), com prazo final em 2022.

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