18 de julho de 2018

Desinformação sobre saúde impera no Brasil

No estudo A saúde na percepção dos brasileiros” realizado pela Ipsos, multinacional francesa de inteligência de mercado, revelou que o Brasil é vice-campeão entre as nações com maiores índices de percepção equivocada em relação a dados de saúde da população. A pesquisa reuniu 825 entrevistados de 38 países.

O Brasil só perde para a África do Sul no ranking e é seguido por Filipinas, Peru e Índia. Um dos dados mais emblemáticos refere-se ao desconhecimento sobre a incidência do diabetes. Os entrevistados foram questionados sobre quantas pessoas num grupo de 100, com idades entre 20 e 79 anos, sofrem da doença em sua terra natal. Os brasileiros acreditavam ser 47%, quando o índice real é de 10%. “É uma grande desproporção e que revela como a população superestima a extensão das doenças”, afirma Marcos Calliari, CEO da Ipsos.

Do total de pesquisados, 35% relataram ter dificuldade pessoal de acesso à saúde, enquanto 64% só acionam um profissional quando apresentam indisposição, dor ou sintomas claros de doenças. A pesquisa revela um campo vasto para a atuação dos farmacêuticos clínicos, que estão mais próximos da população e podem ajudá-la a mudar hábitos em prol de uma gestão de saúde mais efetiva.

A situação da saúde também é uma preocupação geral para 76% dos brasileiros, sendo que 42% a definem como extremamente ruim. O estudo também apontou que 64% dos entrevistados pagam pelos medicamentos utilizados, enquanto que 25% dividem-se entre pagar pelo remédio e também retirar pelo SUS. Apenas 11% afirmaram retirar o produto exclusivamente por meio do SUS.

Outro levantamento da Ipsos, “As novas Caras do Brasil”, revela que 51% das mulheres consomem OTC (medicamentos isentos de prescrição) em farmácias, contra 42% dos homens. Do total, 48% afirmam utilizar medicamentos de uso contínuo, sendo que a população acima de 50 anos é a que mais consome (61%). Foi destacado ainda que a hipertensão é a principal doença em tratamento nos domicílios pesquisados (39%), seguida do diabetes (28%).

Fonte: Panorama Farmacêutico

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