23 de novembro de 2017

SUS planeja instaurar novo sistema de controle de medicamentos

Estados e municípios terão 90 dias para listar ao Governo todos os medicamentos adquiridos, armazenados e distribuídos na rede pública

Depois de algumas auditorias do TCU (Tribunal de Contas da União) já apontar falhas relacionadas aos medicamentos do sistema farmacêutico da rede pública, o Ministério da Saúde determinou um novo sistema de controle de medicamentos para o SUS (Sistema Único de Saúde).

Para cumprir todos os requisitos e fornecer o acervo de dados completos, os estados e municípios têm o prazo de 90 dias para informar detalhes sobre cada medicamento adquirido, armazenado e distribuído na rede pública através do SUS.

Um relatório concluído desta vez pela CGU (Controladoria Geral da União), ainda em abril, apontou que o Distrito Federal e outros 11 Estados desperdiçaram remédios de alto custo adquiridos entre 2014 e 2015. O prejuízo estimado foi de, ao menos, R$ 16 milhões.

 

O sistema de controle de medicamentos

A criação de um sistema de controle integrado para os medicamentos da rede pública, por sua vez, já vinha sendo discutida desde o início deste ano. Além de evitar perdas por vencimento da validade, a ideia é que com o monitoramento integrado, estoques de medicamentos com baixa saída em alguns Estados possam ser realocados para outros lugares que ainda têm demanda.

De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, um projeto piloto do sistema mostrou que 30% da carga de remédios poderia ser realocada para suprir a demanda de pacientes de outras localidades do País.

Recentemente veiculamos aqui no blog a notícia de que o Governo Federal emitiu R$ 67,9 milhões em multas a laboratórios e distribuidoras pela venda de remédios ao SUS acima do preço.

Quem sabe, com um sistema de controle integrado, a regulação dos preços aconteça de forma padronizada.

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