3 de dezembro de 2019

Implantação da rastreabilidade de medicamentos avança

Nos próximos três anos, a rastreabilidade dos medicamentos será uma realidade no Brasil.

Liderada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a implantação do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) vai permitir acompanhar – unidade a unidade – toda a jornada dos medicamentos no país, desde a fabricação, passando pela distribuição até a dispensação ao paciente.

O sistema representa uma grande revolução no setor e, de acordo com o presidente da Profarma Specialty, Vilson Schvartzman, aumenta a segurança e o controle de medicamentos para todos os envolvidos: fabricante, importador, distribuidor, clínica/hospital e paciente final.

“O SNCM vai permitir maior controle com total transparência de toda movimentação de cada embalagem entre a indústria, depósitos, movimentações de estoque até chegar ao consumidor. Teremos maior efetividade em eventuais recalls, além de coibir possíveis ações ilícitas na produção ou distribuição de remédios”, afirma Schvartzman.

Assim, a qualquer momento, poderá ser feita consulta sobre a situação de determinado produto e se ele foi produzido e está sendo distribuído e comercializado por empresas regulares. Essas informações serão usadas em alertas sanitários, como medicamentos com notificação de eventos adversos graves e determinação de recolhimentos por problemas de produção. Além disso, vão alimentar a base de registros de produtos e empresas.

Projeto-piloto

Segundo Schvartzman, esse tipo de monitoramento já é um processo avançado no exterior, e o Brasil não pode ficar de fora. “A Profarma Specialty acredita nos benefícios que a rastreabilidade trará e vê isso como uma melhoria importante para toda a cadeia”. Schvartzman afirma que a empresa está acompanhando esse projeto desde sua concepção original. “Investimos em um software de controle de rastreabilidade e participamos do projeto-piloto promovido pela ANVISA, junto com a indústria e hospitais, para testar o modelo e identificar possíveis gargalos e necessidades de adequações”.

O executivo explica que o projeto já está implantado em todo centro de distribuição da Profarma de São Paulo e agora está em fase de testes. “Vamos expandir para os demais centros, nos antecipando ao cronograma da ANVISA”, informa.

A fase experimental do SNCM foi concluída em abril pela ANVISA. Segundo a agência, a avaliação é que o piloto realizado para validação da tecnologia de informação a ser utilizada foi bem-sucedido, mas será necessário um período de três anos para a preparação de todos os elos da produção e comercialização para a efetiva implantação do sistema, que implica a integração entre cada participante da cadeia de distribuição com a própria ANVISA, além de uma maior integração entre os participantes entre si.

Para as movimentações de cada unidade do medicamento, seja entre os elos da cadeia, ou dentro do próprio estoque, essa informação precisa ser enviada para o banco de dados centralizado da ANVISA. Para isso funcionar, há necessidade de investimento em infraestrutura operacional e sistêmica e alteração no fluxo de operação, como processos de recebimento, armazenamento e conferência de medicamentos.

Para a distribuição, especificamente, precisa haver uma adequação de todos os processos de controle de inventário, recebimento, armazenagem e dispensação. O presidente da Profarma Specialty explica que os processos e sistemas, que tipicamente têm seus controles com base em lotes, precisam ser adequados para controlar cada unidade movimentada. Além das adequações de infraestrutura operacional e TI, serão necessários investimentos em treinamentos das equipes.

Benefícios da rastreabilidade

  • Maior segurança para a toda a cadeia produtiva e o paciente
  • Maior visibilidade do fluxo de produtos
  • Redução de riscos de desvios e furtos de mercadorias
  • Otimização de processos internos dos distribuidores
  • Maior confiabilidade quanto à origem dos medicamentos
  • Maior facilidade de atuação dos órgãos reguladores em ações de recall e identificação de desvios

Fonte: ABRADIMEX

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