25 de maio de 2017

Escassez de penicilina preocupa médicos quanto às infecções

Nos últimos três anos, pessoas de pelo menos 18 países, incluindo o Brasil, têm de lidar com a falta da penicilina benzatina, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Mais de 70 anos após revolucionar o campo da medicina, ao ser o primeiro antibiótico testado com sucesso pelo cientista Alexander Fleming, a penicilina está atravessando um regime de escassez ao redor do mundo.

Como não tem patente e gera pouco lucro, de acordo com análises, a penicilina benzatina é produzida em baixa quantidade e por poucos laboratórios. No entanto, é o medicamento mais eficaz no combate à sífilis, doença infecciosa que evolui gradualmente e é sexualmente transmissível.

Em 2016, um estudo desenvolvido na Universidade de Zurique comprovou que a sífilis adquiriu resistência a outras drogas, como a eritromicina e a azitromicina, usadas como paliativo diante da escassez da penicilina. Esses macrólidos, como são chamados os medicamentos, também são utilizados em caso de alergia.

Panorama geral

Em território nacional, a falta de penicilina foi acompanhada por um surto de sífilis a partir de 2014. Diferente de outras drogas substitutas, a penicilina é a única capaz de matar a bactéria da sífilis protegendo o feto durante a gravidez.

Para tentar reduzir ainda mais os custos, empresas farmacêuticas fragmentaram a produção na tentativa de buscar medicamentos mais baratos. Os mercados que produzem penicilina estão localizados, sobretudo, no Oriente (China e Índia) e, diante do pequeno polo produtivo, origina-se a falta do remédio.

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